Cornelis van Dalen, num artigo intitulado "The Dawn Chorus and Life
Forces" (disponível na Internet), ao fazer referência ao livro "A
Pilgrimage with the Animals" (Lascelles Dr.), sugere que o coro dos
pássaros, no início das manhãs, desperta a terra colocando em movimento
uma série de vibrações, que reagem sobre outras formas de vida.
Ou seja, quando um organismo vivo atinge certo estado de ressonância, ela se propaga para os demais seres vivos.
O
autor explora esta ideia observando que a vida na terra seria lenta e
até ineficaz, caso esta primeira "explosão" de energia vibracional
iniciada com o canto matinal dos pássaros não ocorresse, o que
inviabilizaria, então, o efeito em cadeia (efeito de ressonância).
Mas,
o que vem sucedendo ultimamente com a diversificada e preciosa gama de
sons naturais -- ou "nichos sonoros" - dos vários ecossistemas, em
função da constante e intensa ação antrópica? De uma contínua
interferência humana que envolve uma série de acções como o desmatamento,
a poluição química e sonora, a industrialização excessiva e tantas
outras práticas, desvinculadas de um reconhecimento da essência sagrada
da vida, do respeito e cuidado que se deve dispensar a tudo que
manifesta vida?
Recentemente foi divulgado um
trabalho realizado pelo artista italiano Gabo Guzzo que trouxe
evidências da extinção, no Planeta, de lugares isentos de interferências
de sons gerados pela ação humana.
Na opinião de cientistas como o
ecologista acústico Gordon Hempton, pesquisador da Bio-Acústica, uma
ciência focada nos "nichos sonoros" ou "paisagens sonoras", se não
investir-se na redução da poluição sonora, brevemente não só os seres
humanos, mas todos os animais da face da Terra serão fortemente
atingidos.
A Mensagem em vídeo traz uma pequena síntese da
importância dos sons vitais e "nichos sonoros" no desenvolvimento e
manutenção de todas as formas de vida e de como estariam sendo afectados
os vários ecossistemas, em função do desequilíbrio provocado pela
intensa poluição sonora, através da contínua ação antrópica.
Música: Sweet People - "La Forêt Enchantée" e "Et les Oiseaux Chantaient".
(Facebook: "Civilização Solar", Bioharmonia, "Sons e Vida" e "A preservação das abelhas").
Certamente que isto é uma grande parte da nossa dignidade... que possamos conhecer e que, através de nós, a matéria possa conhecer-se a si própria; que, começando com protões e electrões, saídos do princípio dos tempos e da vastidão do espaço, possamos começar a entender; que, organizados como estão em nós, o hidrogénio, o carbono, o nitrogénio, o oxigénio, esses 16 a 21 elementos, a água, a luz do Sol- todos eles, tendo-se transformado em nós, possam começar a entender o que são, e como se tornaram nisso. George Wald (Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia) (1964)
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