Certamente que isto é uma grande parte da nossa dignidade... que possamos conhecer e que, através de nós, a matéria possa conhecer-se a si própria; que, começando com protões e electrões, saídos do princípio dos tempos e da vastidão do espaço, possamos começar a entender; que, organizados como estão em nós, o hidrogénio, o carbono, o nitrogénio, o oxigénio, esses 16 a 21 elementos, a água, a luz do Sol- todos eles, tendo-se transformado em nós, possam começar a entender o que são, e como se tornaram nisso. George Wald (Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia) (1964)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tempestade abre cratera gigante na capital da Guatemala

Geólogos acreditam que solo rico em calcário aliado a chuvas terá sido a causa do fenómeno

Buraco na Cidade da Guatemala tem sessenta metros de 
profundidade e trinta de diâmetro
Buraco na Cidade da Guatemala tem sessenta metros de profundidade e trinta de diâmetro
 

O Governo da Guatemala disponibilizou esta imagem impressionante, em que se pode ver uma cratera circular de sessenta metros de profundidade que se abriu repentinamente na capital do país, apenas uma hora depois da tempestade tropical Agatha.

O buraco, com 30 metros de diâmetro, engoliu três casas e arrastou até à profundidade pelo menos duas pessoas. Um terceiro indivíduo está desaparecido há centenas de desalojados.

Os geólogos, que examinaram o fenómeno, asseguram que a forma circular perfeita sugere a existência prévia de covas subterrâneas. No entanto, ainda não existem respostas concretas para explicar este mistério.

“Posso assegurar o que não é. Não se trata de uma falha geológica nem de um resultado de um terramoto. É tudo que sabemos. Para investigarmos mais temos de descer”, explicou David Monterroso, engenheiro e geofísico da Agência Nacional da Guatemala para os Desastres Nacionais.
Crateras como as da imagem formam-se em sítios em que o subsolo é rico em calcário, sais ou outras rochas solúveis e que se dissolvem facilmente em contacto com a água.
Neste caso, acredita-se que a tempestade tropical Agatha alimentou uma corrente subterrânea que foi minando e destabilizando o terreno que acabou por se afundar na totalidade.

Sem aviso prévio


Esta classe de fenómenos é relativamente comum na Flórida, Texas, Alabama, Missouri, Kentucky, Tennessee e na Pensilvânia, segundo os dados do Serviço de Vigilância Geológica dos Estados Unidos.


Crateras no solo não costumam ser tão grandes como a que 
se abriu no fim-de-semana passado
Crateras no solo não costumam ser tão grandes como a que se abriu no fim-de-semana passado
No entanto, as dimensões do buraco da Cidade da Guatemala são muito maiores que a média.


 Além disto, enquanto as outras crateras abrem-se gradualmente, à medida que a erosão vai destruindo o subsolo, a da Guatemala pertence à categoria mais perigosa − os que se abrem de forma súbita e sem aviso prévio.

Conhecem-se casos de buracos deste tipo que engoliram subitamente carros e casas e que inclusivamente chegaram a secar lagos inteiros em questão de minutos.
Aconteceu, por exemplo, com o lago Jackson, na Florida, de 16 quilómetros quadrados e que desapareceu sem deixar rastro em Setembro de 1999.
O lago foi engolido por um buraco de 15 metros de profundidade, muito menor do que o mostrado na imagem cedida pelo governo guatemalteco.


in Ciência Hoje

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