Certamente que isto é uma grande parte da nossa dignidade... que possamos conhecer e que, através de nós, a matéria possa conhecer-se a si própria; que, começando com protões e electrões, saídos do princípio dos tempos e da vastidão do espaço, possamos começar a entender; que, organizados como estão em nós, o hidrogénio, o carbono, o nitrogénio, o oxigénio, esses 16 a 21 elementos, a água, a luz do Sol- todos eles, tendo-se transformado em nós, possam começar a entender o que são, e como se tornaram nisso. George Wald (Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia) (1964)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Em busca do lago 'perdido' na Antárctida

            Expedição pode encontrar novas formas de vida e pistas sobre alterações climáticas

Um grupo de cientistas britânicos vai investigar um lago subterrâneo na Antárctida nos próximos dois anos na esperança de descobrir pistas sobre as mudanças do clima e revelar novas formas de vida.

Os investigadores partem na próxima semana rumo ao lago Ellsworth, um dos lugares mais longínquos e hostis do planeta, que há quase um milhão de anos permanece escondido debaixo de vários quilómetros de gelo. Trata-se da primeira parte de um projecto que vai durar 15 anos, custar 11 milhões de dólares e contar com a participação de oito universidades do Reino Unido.

A camada de gelo que cobre o lago, um dos 387 subterrâneos que existem na Antárctida, aprisionou o calor geotérmico da Terra, impedindo que a água congele. A equipa liderada por Martin Siegart pretende colocar no lago uma sonda com câmaras de alta definição, luzes, aparelhos para colectar amostras e fazer medições. Assim, vai começar por instalar os equipamentos de perfuração e voltar ao local no fim de 2012 para recolher os dados.
Entre bactérias, micróbios e outras formas de vida simples, os cientistas esperam encontrar um habitat na temperatura de -25 graus Celsius que está selado para o resto do mundo há mais de um milhão de anos.

As amostras que vão recolher podem revelar formas de vida desconhecidas que terão existido antes de o lago ter gelado e que, dessa forma, podem ser testemunhos de como era a vida na Terra.

Alguns especialistas estão preocupados com a interferência humana num ambiente ainda intocado e que consequências pode isso trazer. Para evitar a contaminação do lago, o grupo garante que usará equipamentos esterilizados.
Fonte: Ciência Hoje

 

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