Certamente que isto é uma grande parte da nossa dignidade... que possamos conhecer e que, através de nós, a matéria possa conhecer-se a si própria; que, começando com protões e electrões, saídos do princípio dos tempos e da vastidão do espaço, possamos começar a entender; que, organizados como estão em nós, o hidrogénio, o carbono, o nitrogénio, o oxigénio, esses 16 a 21 elementos, a água, a luz do Sol- todos eles, tendo-se transformado em nós, possam começar a entender o que são, e como se tornaram nisso. George Wald (Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia) (1964)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Excesso de CO2 provoca falta de lateralização em peixes

Não conseguiam distinguir a direita da esquerda

CO2 afectou comportamento auditivo e níveis de actividade.

 

A lista de consequências já é grande, mas caso as emissões de dióxido de carbono (CO2) continuem a aumentar, o comportamento dos peixes poderá ficar gravemente perturbado, segundo avança um estudo publicado na «Biology Letters», por investigadores da James Cook University (Austrália).

 

 

 Peixes crescidos em laboratório, numa água enriquecida com CO2 em proporções semelhantes às quantidades previstas para dentro de umas décadas, perderam todas as faculdades de lateralização, ou seja, verificou-se que não conseguiam distinguir a direita da esquerda.

Em condições normais, estes animais são geralmente ‘inteligentes’ e capazes de se dirigirem para o mesmo lado para fugir de um predador ou ara se deslocarem. A equipa de Philip Munday, líder do estudo, mostrou que o CO2 afecta o comportamento auditivo e os níveis de actividade de peixes de recife larvais, aumentando o seu risco de serem apanhados por predadores.

Contudo, os mecanismos que estão na base dessas modificações ainda são desconhecidos. A lateralização comportamental é uma expressão de assimetrias cerebrais funcionais e assim leva à hipótese que CO2 afecta a função cerebral.

Os investigadores realizaram testes num labirinto que mostraram que os peixes que habitam águas cheias de dióxido de carbono se deslocam de forma aleatória, sem ter orientação. Os investigadores querem tentar saber se os sentidos dos seres humanos também. No entanto, vão continuar a debruçar-se sobre os peixes para descobrir que outros sintomas podem apresentar.

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