Certamente que isto é uma grande parte da nossa dignidade... que possamos conhecer e que, através de nós, a matéria possa conhecer-se a si própria; que, começando com protões e electrões, saídos do princípio dos tempos e da vastidão do espaço, possamos começar a entender; que, organizados como estão em nós, o hidrogénio, o carbono, o nitrogénio, o oxigénio, esses 16 a 21 elementos, a água, a luz do Sol- todos eles, tendo-se transformado em nós, possam começar a entender o que são, e como se tornaram nisso. George Wald (Prémio Nobel da Medicina e Fisiologia) (1964)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Meu rio, contigo choro.


 O Tejo desde a sua nascente até se encontrar com o Atlântico é "utilizado" para quase tudo, menos para aquilo que nasceu: DAR VIDA, por onde passa. Ao longo dos séculos todos os povos que se instalaram nas suas margens aprenderem a partilhar o quotidiano com as suas águas. Respeitaram-no em tempo de fúria porque das suas inundações ficava a 'nata' ou 'nateiro' que sempre fertilizaram as terras alagadas. Colhiam das suas entranhas a 'carne' que nele nascia, fizeram dele estrada que aproximou povoados. Os povos Árabes cedo se instalaram junto dele pela semelhança com o seu Nilo, também ele ciclicamente espalhava o 'nateiro' que alimentou gerações.
Depois veio o "progresso" (???), ainda em terras de Espanha o "TAJO" arrefece 'centrais nucleares' e é aprisionado (sem culpa formada) em represas gigantes. Entra em Portugal, alimenta industrias químicas lavam com ele pasta de papel e aprisionam-no outra vez. No nosso país chamam-lhe Tejo, faz da província que atravessa o 'celeiro' desta nação e como paga, envenenam-lhe o sangue e matam-lhe os filhos.
Numa das zonas mais enriquecidas pelo Rio (Benavente/Salvaterra-de-Magos) um Grupo de 'cantautores' os "Meninos d'Avó" 'choram' a sua sorte, choram talvez a nossa.
Nasci a cerca de 100 metros do Rio Tejo e agonio com ele.

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